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1° Dia de União Literário teve exposições de artistas e debate entre grandes escritores

1° Dia de União Literário teve exposições de artistas e debate entre grandes escritores

25 de novembro de 2024

O dia 23 de novembro, no 1° dia da terceira edição do União Literário do Grêmio Náutico União, na Sede Alto Petrópolis do Clube, foi bastante movimentado e trouxe à tona assuntos interessantes e culturais.

 

Primeiramente, houve a exposição de esculturas pela artista Judith Vergara Martins Costa, e de pinturas em tela, com o artista Decio Bevilacqua. A obra dos artistas ficará exposta no Hall da Diretoria, até o dia 10 de dezembro. Aproveite enquanto há tempo!

 

Após, houve o debate entre três feras da literatura: o patrono do União Literário, Sérgio Faraco, o jornalista e colunista do Correio do Povo, Hiltor Mombach, e o professor e escritor, Paulo Flávio Ledur. 

A artista: Um pouco de Judith Vergara

A escultura Lucas, obra em que mãe abençoa o filho
A escultura Lucas, obra em que mãe abençoa o filho

A escultora Judith falou um pouco sobre o que a inspira quando trabalha na argila. “As relações familiares, coisas que me emocionam ou que me entristecem, como a enchente – que mexeu muito comigo”. Também o tema da maternidade é bem recorrente no seu trabalho, uma vez que se acha muito “mãezona”, querendo muito os filhos junto dela. Na escultura “Lucas”, de bronze polido, pode-se enxergar ela abençoando o seu filho, por exemplo.

 

Entre suas obras, pode-se ver também uma sobre as enchentes. A artista disse que o seu processo criativo é muito intuitivo geralmente, sem planejar nada, e seu inconsciente vai guiando seus passos. Esse trabalho de escultora começou no início da pandemia. Sua formação inicial é em Direito. Mas seu pai Cláudio Martins Costa dizia já que ela seria artista desde quando era criança, quando via que ela gostava de desenhar.

O artista: Um pouco de Decio Bevilacqua

Decio e uma de suas pinturas prediletas: Srinagar com o Rio e Mesquita
Decio e uma de suas pinturas prediletas: Srinagar com o Rio e Mesquita

Já o pintor em tela Decio Bevilaqcua disse que o objetivo da sua arte é transmitir os aspectos culturais e vivências de povos de outros países e mostrar como se comportam em seu cotidiano. Uma de suas telas prediletas é a Srinagar com o Rio e Mesquita. Foi a primeira que ele fez e já tiveram outras versões da obra.

 

O artista também relatou que tem, como intenção, provocar a curiosidade de como cada personagem se comporta ou do porquê cada ambiente ter suas particularidades.

 

“As telas também trarão um questionamento dessas diferenças culturais, que devem ser respeitadas, situações muitas vezes até mais críticas do que as que a gente vive no Brasil, as dificuldades das pessoas e o espaço onde as pessoas habitam”, afirmou Bevilacqua.

 

Sérgio Faraco, Paulo Flávio Ledur e Hiltor Mombach – Um debate rico e proveitoso no União Literário

O debate entre os 3 escritores foi bastante esclarecedor
O debate entre os 3 escritores foi bastante esclarecedor

Durante a exposição das esculturas e pinturas em tela, esteve ocorrendo paralelamente um debate entre o patrono do União Literário, Sérgio Faraco, o professor e padrinho do evento, Paulo Flávio Ledur, e o jornalista Hiltor Mombach.

 

O patrono Sérgio Faraco disse estar muito feliz por ter sido escolhido para essa função. “O profissional, quando é convidado para esse tipo de acontecimento, sente-se reconhecido, sente-se justificado. Quer dizer, ele não errou tanto na sua trajetória”, declarou, humildemente.

 

No debate que ocorreu logo após a chegada dos escritores Sérgio Faraco, Hiltor Mombach e Paulo Flávio Ledur, o patrono contou um pouco de sua trajetória como escritor. Ele afirmou que quando serviu no Exército de soldado durante 11 meses, por cerca de 5 meses, ficou preso na cadeia. E, nesse período, ele lia muito. A irmã levava livros, e então ele começou a se interessar pela literatura.

 

Já o jornalista, escritor, colunista e blogueiro do Correio do Povo, Hiltor Mombach, declarou que não escolheu o jornalismo, mas, sim, o jornalismo optou por ele. No colégio onde ele estudava, o Champagnat, o diretor sabia que ele não era bem-sucedido em química e em matemática e disse a Mombach: “eu acho que tu só tens um caminho, o de jornalista”. Hiltor já havia trabalhado em rádio (na Rádio Garibaldi) e, no colégio, fazia apresentação de peças e da rainha do Champagnat. Ademais, quando havia alguma festividade, chamavam Hiltor para fazer a apresentação.

 

O intermediador do debate e padrinho do União Literário, o professor Paulo Flávio Ledur, que já tem mais de 30 livros publicados, também teve uma história de vida muito interessante. Descobriu o seu gosto pela leitura, porque a sua mãe lia na letra gótica alemã, o que, para ele, era um mistério. Isso me influenciou muito, porque na minha imaginação eu pensava assim: “se a mãe lê depois de um dia de trabalho duro como era o dela, é porque deve ser algo muito gostoso”.

 

O bate-papo com os 3 escritores se estendeu por uma hora, tempo que passou muito rápido, tão ricas as histórias que foram contadas. Quem participou do 1° Dia do União Literário no Grêmio Náutico União, com certeza, teve o prazer de estar com essas feras da literatura.

 

Também esteve presente no evento recebendo os convidados o Vice-Presidente Cívico-Cultural do Grêmio Náutico União (GNU), José Bonifácio Mendes Coutinho e o Vice-Presidente de Esportes do GNU, Ricardo Alves.

 

Confira o que aconteceu no 2° dia do União Literário aqui.

 

Confira todas as fotos do evento no 1º dia aqui.

 

 

 

Texto: Carine Bidone Lopes

Fotos: João Mattos

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